Philip K. Dick, How to build a universe that doesn’t fall apart two days later

Philip K. Dick (1928-1982) é, hoje, um dos nomes mais conhecidos da ficção científica, sobretudo em razão das inúmeras adaptações de suas obras para o cinema e a TV. Mas disso você provavelmente já sabe, certo?

Outro motivo – menos comentado, geralmente – pelo qual Dick se tornou famoso foi a série de experiências incomuns (supostamente alucinatórias) que viveu nos meses de fevereiro e março de 1974 e que definiu certa vez como “a invasão de uma mente transcendentalmente racional”. Dick passaria os oito anos seguintes – até seu falecimento – catalogando e interpretando as visões desse período. O resultado, registrado num diário que ele chamou de sua “exegese”, mistura ciência, filosofia e misticismo numa análise profunda e, por vezes, obsessiva de questões que vão da teoria marxista à natureza do universo.

How to build a universe that doesn’t fall apart two days later”, transcrição de uma palestra dada por Dick em 1978, não é propriamente uma novidade na internet, mas só chegou à minha (falta de) atenção há pouco tempo (obrigado, Warren Ellis). Nela, Dick volta sua análise exegética para as duas questões que, segundo ele mesmo, são a base de toda sua obra: “o que é real?” e “o que é o ser humano autêntico?”. No caminho, trata de manipulação midiática, paisagens bíblicas eternas e a Disneylândia.

O texto está disponível aqui em inglês e aqui em tradução livre.

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