A. Merritt, Os habitantes do abismo

"Os habitantes do abismo — ele repetiu. — Coisas que algum deus maligno criou antes do Dilúvio e que, de algum modo, escaparam à vingança do Deus bom. Eles estavam me chamando! — acrescentou simplesmente."
Abraham Grace Merritt (1884-1943) foi um jornalista de sucesso, dos mais bem pagos de sua geração. Por isso, a ficção sempre foi mais um hobby, o que não o impediu de deixar uma obra considerável, incluindo oito romances e vários contos.
"Não posso descrever essas gravuras! Nenhum ser humano poderia… O olho humano é incapaz de abarcá-las, como é incapaz de captar os vultos que assombram a quarta dimensão. Só podia percebê-las vagamente como uma sutil sensação na parte posterior do cérebro. Eram coisas informes que não sugeriam uma imagem consciente, mas impressionavam a mente como um selo em brasa… ideias de ódio… de combate entre monstros inimagináveis… vitórias em nebulosos purgatórios de selva vaporosa e obscena… aspirações e ideais repulsivos…"
Sua obra foi fortemente influenciada por H. Rider Haggard, Robert W. Chambers, Helena Blavatsky e Francis Stevens. Era admirado por e admirador de Lovecraft, com quem colaborou na poliautoral "The challenge from beyond".

"People of the Pit" foi originalmente publicada em 1918 em All-Story Magazine e combina as civilizações perdidas tão caras aos pulps a uma boa dose de weird.

Leia Os habitantes do abismo, de A. Merritt, em tradução minha.

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